07 fevereiro 2012

Animais não são brinquedos: são vidas!



Uma questão abordada pela mídia nos últimos dias, foram os inúmeros casos de maus-tratos aos animais. A cadelinha Lana, espancada pela sua tutora, até a morte, na frente do filho pequeno; O cãozinho Titã, enterrado vivo e resgatado em estado crítico; A cadelinha Jade, queimada por garotos; Filhotinhos recém-nascidos abandonados em sacolas de lixo, entre tantos outros casos.
Tudo isso vem chamando a minha atenção para uma questão: o porquê de estas pessoas adquirirem um animal, para depois agirem de forma tão desumana?
Você certamente já assistiu filmes como: Os 101 Dálmatas, Beethoven, Lessie... E certamente já viu pessoas desesperadas atrás do belo Dálmata, do magnífico São Bernardo, graças a esses filmes.  E isso é um atrativo e tanto para os criadores, onde em um mundo globalizado, se existe alguém querendo comprar, certamente existirá alguém querendo vender. E as pessoas compram seus animais por modismo, por status, porque são lindos e perfeitos - ao menos nos filmes.
Então, com o tempo, a moda do São Bernardo passa para a moda do Dálmata, que passa para o Poodle, que passa para o Yorkshire e assim por diante. E os animais 'fabricados' em série pelos criadores, continuam ali. Esperando a sua vez voltar, em tempo, para que não sejam despejados nas ruas.
Juntamente com isso, vem a bagunça, a sujeira, os latidos, miados... E as pessoas se dão conta de que não compraram um robô com botão de 'desliga'. Compraram uma vida, mas isso elas também não sabem.
Resultado: animais abandonados diariamente nas ruas. Jogados no lixo como mercadorias que não servem mais.
O caso do filme é só um exemplo. A grande questão é que as pessoas, infelizmente, veem os animais não como vidas, mas como brinquedos, objetos de luxo. Quem tem um York hoje em dia, por exemplo, tem status.
Aí então, entra o trabalho das ONGs. Pessoas que se dedicam em tentar reverter essa situação e, geralmente, não tem o apoio do governo, por tanto, dependem do apoio da população.
Todos os dias, recebemos e-mails de pessoas solicitando ajuda, seja para um animal abandonado em frente as suas  casas, seja para um animal machucado ou sofrendo nas mãos de seus tutores. Isso é muito importante. A denúncia, a preocupação em fazer algo, é o primeiro passo para que as mudanças aconteçam.
Porém, é importante que saibam, que nem todos os lugares possuem um canil.  Nós, por exemplo, contamos com  o auxílio de voluntários, que oferecem lares temporários, enquanto damos aos pequenos o tratamento adequado e encaminhamos imediatamente para uma nova família.
Um canil traz um certo comodismo à população, que acaba abandonando os seus animais, indiscriminadamente, nas sedes das ONGs, como se o problema deles, então, estivesse resolvido. Porém, cada vez teríamos mais e mais animais abandonados, vivendo juntos em um espaço inadequado,  sem condições de uma vida digna. Todo animal precisa de alimentação, carinho, cuidado, espaço para brincar, correr e fazer suas atividades.
Por tanto, antes de adquirir um animal, é importante que você tenha plena consciência de que, assim como uma criança, ele precisa de cuidados, carinho e dedicação. Que possui uma alma, sente alegria, tristeza, fome, dor, medo, assim como qualquer ser humano e que não deve ser descartado, como um brinquedo que já não serve mais.
A maior recompensa que podemos receber, é aquela que nenhum dinheiro é capaz de comprar: a gratidão naqueles olhinhos pequenos, cheios de inocência e ternura.
Animais não são brinquedos: são vidas!

Patrícia Flores - Protetora da Associação  Bicho Vadio

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